domingo, 27 de agosto de 2006

Põe pra tocaeee --- Jean Grae

Po gente, foi mal mermo!
Fiquei de postar varias coisas quando dediquei a semana às minas, mas me atrapalhei toda essa semana e nem atualizei o blog.
Mas ai.. vou ti falar que a espera valeu a pena.


Essa ai responde a altura a frase do meu post anterior, quando ouço um: “Dá um desconto.. é uma mina”.
Jean Grae - “A” mulher que eu posso dizer com todas as letras: Essa representa nu rap!
Pensar nela como a melhor mc feminina da cena atual como muitos a definem é no mínimo simplório comparado a habilidade e o talento dela. Considerada como uma das melhores letristas da atualidade, ao lado de grandes como Talib Kweli e Pharaoach Monch, pode-se dizer que Jean Grae esta fora daquele esteriótipo sexista, quando se fala de rap feminino.
Diferente daquelas que falam puramente de sexo nas letras e outras que levantam uma bandeira feminista, Jean Grae sai pela tangente dispensando os clichês, trazendo um som único, original, elevando o rap e a “classe”(rs) a um outro nível.
Atitude, um timbre de voz que impressiona, num flow booolado.. rasgante, mó habilidade no free, completo domínio da platéia no palco…
Na minha sincera opinião, umas das MCs mais completas, entre todos “os” que a gente ta cansado de ouvir. A mina espancaaa!!.

Trechos da Entrevista para o site [www.synthesis.net]

SS:: O que você teve que arriscar mais para chegar onde você está hoje?
JG::
Não seria bem arriscar, mas acho que não ter medo de não abrir mão dos meus valores, ou da minha integridade, para vender discos. Isso é música, e muitas pessoas se esquecem do fato que a música vem em primeiro lugar. Eu deixei de fazer muita coisa e as vezes você tem apenas que deixar pra lá porque você não sabe como as pessoas vão reagir, e você não sabe como as pessoas vão sentir a respeito. Você deve atingir uma ou duas pessoas, e isso pode não ser importante pra você, mas pode ser importante para outras pessoas (...). Acho apenas que foi não ter tido medo de ser vulnerável.

SS:: Você sente que precisa acabar de vez com o esteriótipo feminino?
JG::
Não. Eu sinto que se precisa acabar com o esteriótipo do que não é versátil. Eu acho que tudo bem se temos uma Foxy Brown, ou uma Lil Kim, mas é legal que haja uma Bahamadia, ou Rah Digga, Ms. Jade, ou uma Jean Grae. Senão não existe o equilíbrio. Se não tem o Yin e o Yang. Simplesmente não funciona.

SS:: O que você acha que as jovens que crescem ouvindo Lil Kim vão pensar? Você vê isso como uma influência negativa? E por outro lado, você acha que sua música poderia mudá-las e colocá-las num outro caminho?
JG::
Eu acho que isso é um problema na sociedade em geral, deixando crianças se defenderem por si mesmas. Eu lembro de ter crescido sabendo o que é certo e o que é errado, o que é realidade, o que é novela. Eu acho que essa é a culpa em muitos pais, em muitos professores..., a falta de verba nos programas de educação pública e atividades extra curriculares para fazer que as crianças se envolvam e aprendam como se educar por elas mesmas. Exatamente aprender em como aprender. Quero dizer, existem tantos problemas, e o rap definitivamente não é o vilão nessa historia. Eu acho que você deve ter responsabilidade quando você se dá conta de que é um fóro aberto (o rap) e que você tem seguidores cativos. Se vc tem algo a dizer, por favor, transmita a sua mensagem.

SS:: Você acha que essas paradas deviam mudar?
JG::
Precisam mudar. Se não mudarem, eu realmente não terei uma carreira. Pra ser honesto com você, como uma mulher de negócios, e como uma adulta de um modo geral, eu gostaria da minha carreira fosse de sucesso, e isso inclui fazer dinheiro, então sim!, eu vou tentar com todas as minhas forças pra que mude.

SS:: Você se incomoda com apelo sexual no rap (ou das rappers) ou você encara isso como um desafio a superar, você faz o que tem que fazer?
JG::
Quer saber? Isso ai não sou eu, não é o como eu vivo, e não é como eu faço. Mas existem mulheres que fazem. Eu acho que isso atrapalhou tudo... não há oportunidade para alguém que não esteja fazendo isso ter uma chance igual, e esse é o problema. É como ter que fazer uma escolha, você pode ouvir isso, e ok. Quando eu estou no ambiente de uma boate, eu quero dançar/sacudir as cadeiras. Tudo bem que eles façam músicas pra você “balançar o popozão”..rs, mas existem outras coisas. Tem que haver equilíbrio em tudo. Aparentemente, por alguma estranha razão isto não é permitido.

SS:: Se você não fizesse rap, o que acha que estaria fazendo?
JG::
Eu não faço a menor idéia. Mas não estaria roubando ninguém. Provavelmente escrevendo. Eu não estou cansada do rap embora eu não sinta que tenha atingido o ponto onde quero estar. Quando eu ficar de saco cheio, com certeza vou escrever ou fazer roteiros. Filmes são definitivamente algo que eu quero estar envolvida. Mas é isso; esta não é a resposta típica de rappers como: estaria assaltando, ou fumando crack.

Disponibilizo pra galera o vídeo do show, onde ela manda o som “NY Shit” que é phodaa!!, e pra baixar, o “Jenius”, disco que ela fez ao lado de 9th Wonder, que assinou toda produça. Absurdooo esse ai também.

Põe pra vêaeee!!

Põe pra tocaeee!!
Clique pra baixar:
Jean Grae & 9th Wonder – Jenius

[para ler a entrevista original – Site Synthesis]

Enjoy!!.
From Taubaté City.. Orquídea

4 Comments:

  • Bah! Esse Jeanius é foda demais, consegui há um tempo, mas nunca achei a capa da parada. Vcs tem como descolar isso? Um abraço!!!

    By Blogger Miguel RMS, at 9:48 PM  

  • porra mandaram muito bem nessa matéria
    parabens
    eu amei
    bjos pra todos

    By Blogger Nathalia MC, at 4:32 PM  

  • Essa levada desse som é clássica!!! Baita produça!

    By Anonymous Anônimo, at 2:29 PM  

  • Miguel.. nem procurei a capa desse disco ainda, pra mandar a real...
    Mas vou procurar saber e te informo, bele?
    Valeu pela presença no blog.

    By Blogger Verônica Orquídea, at 10:44 AM  

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