Partido sueco quer pirataria on-line legalizada
JULIANO BARRETO
da Folha de S.Paulo
Um partido na Suécia foge completamente do repetitivo mantra dos candidatos brasileiros. Para eles, crescimento econômico, emprego, saúde, segurança e educação não são prioridades. A única promessa de campanha do Piratpartiet, o Partido Pirata, é realizar uma ampla reforma das leis de proteção aos direitos autorais, que permitiria, entre outras coisas, usar redes de troca de arquivos para baixar livros, músicas e filmes sem pagar nada.O que pode parecer um trote ou uma afronta às leis vigentes, é levado muito à sério pelos suecos. Fundado em janeiro deste ano, o Piratpartiet quer eleger um representante no parlamento já nas próximas eleições nacionais, que acontecerão em 17 de setembro.De acordo com a "Declaração de Princípios 3.0", disponível para download em inglês em www.piratpartiet.se, os pilares do partido são a proteção dos direitos dos cidadãos, a liberdade da cultura e a certeza de que as patentes e os monopólios privados são nocivos à sociedade. A proposta para uma eventual vitória é restabelecer o balanço entre os interesses das empresas e os do público. Um dos pontos que precisam ser mudados, segundo o Partido Pirata, é a proteção de obras cujos autores já morreram há mais de 70 anos.O mecanismo contra cópias DRM (Digital Rights Management), que é usado por lojas virtuais de música e por gravadoras, é outro alvo de críticas. Para os piratas, ele deveria ser "completamente banido", pois restringe os direitos dos consumidores e os força a seguir leis arbitrárias. O fundador, líder e candidato do Piratpartiet, é Rickard Falkvinge, 34, um ex-funcionário da Microsoft que mantém um blog (www.falkvinge.com). Falkvinge faz questão de abordar outros assuntos além da pirataria de músicas. A privacidade e a quebra de patentes estão entre os seus assuntos preferidos."Existem muitas razões legítimas para querer navegar anônimo pela internet. Se o governo pode saber tudo o que os cidadãos fazem, ninguém poderá questionar os governantes", diz. A quebra das patentes no remédios é citada como exemplo a ser seguido. O Piratpartiet tem até uma proposta com um conjunto de leis alternativas para as patentes farmacêuticas.América selvagemEnquanto os suecos discutem abertamente o copyright, nos EUA a caça aos piratas continua. Danny Ferrer, 37, foi condenado a quatro anos de prisão e deverá pagar US$ 4 milhões em multas para o Departamento de Justiça norte-americano. Ele era proprietário de um site que vendeu programas ilegais de 2002 até 2005.A punição de Ferrer é a maior já registrada para casos de pirataria nos EUA.
da Folha de S.Paulo
Um partido na Suécia foge completamente do repetitivo mantra dos candidatos brasileiros. Para eles, crescimento econômico, emprego, saúde, segurança e educação não são prioridades. A única promessa de campanha do Piratpartiet, o Partido Pirata, é realizar uma ampla reforma das leis de proteção aos direitos autorais, que permitiria, entre outras coisas, usar redes de troca de arquivos para baixar livros, músicas e filmes sem pagar nada.O que pode parecer um trote ou uma afronta às leis vigentes, é levado muito à sério pelos suecos. Fundado em janeiro deste ano, o Piratpartiet quer eleger um representante no parlamento já nas próximas eleições nacionais, que acontecerão em 17 de setembro.De acordo com a "Declaração de Princípios 3.0", disponível para download em inglês em www.piratpartiet.se, os pilares do partido são a proteção dos direitos dos cidadãos, a liberdade da cultura e a certeza de que as patentes e os monopólios privados são nocivos à sociedade. A proposta para uma eventual vitória é restabelecer o balanço entre os interesses das empresas e os do público. Um dos pontos que precisam ser mudados, segundo o Partido Pirata, é a proteção de obras cujos autores já morreram há mais de 70 anos.O mecanismo contra cópias DRM (Digital Rights Management), que é usado por lojas virtuais de música e por gravadoras, é outro alvo de críticas. Para os piratas, ele deveria ser "completamente banido", pois restringe os direitos dos consumidores e os força a seguir leis arbitrárias. O fundador, líder e candidato do Piratpartiet, é Rickard Falkvinge, 34, um ex-funcionário da Microsoft que mantém um blog (www.falkvinge.com). Falkvinge faz questão de abordar outros assuntos além da pirataria de músicas. A privacidade e a quebra de patentes estão entre os seus assuntos preferidos."Existem muitas razões legítimas para querer navegar anônimo pela internet. Se o governo pode saber tudo o que os cidadãos fazem, ninguém poderá questionar os governantes", diz. A quebra das patentes no remédios é citada como exemplo a ser seguido. O Piratpartiet tem até uma proposta com um conjunto de leis alternativas para as patentes farmacêuticas.América selvagemEnquanto os suecos discutem abertamente o copyright, nos EUA a caça aos piratas continua. Danny Ferrer, 37, foi condenado a quatro anos de prisão e deverá pagar US$ 4 milhões em multas para o Departamento de Justiça norte-americano. Ele era proprietário de um site que vendeu programas ilegais de 2002 até 2005.A punição de Ferrer é a maior já registrada para casos de pirataria nos EUA.
1 Comments:
Goixtei do post.. (carioques hohohoho)
Pra galera se ligar:
Pirataria é o ato de comercializar obras sem a autorizaçao de gravadora e/ou artista..
Troca de arquivos, por lei, não é e não pode ser considerado crime em nenhum lugar do mundo (por enquanto), apesar de ser marginalizado pelas gravadoras e orgãos de direitos autorais, que dizem defender os direitos dos artistas arrecadando zilhões pelas execusões publicas das musicas (onde na verdade o artista raramente sabe os numeros de execuçao ou ve a cor do dinheiro), que são as unicas preocupadas e q saem perdendo nessa historia toda.
Mantenhamos nossos esforços pela democratização e inclusão "musical" a todos.
Estamos juntos na luta, companheiro!
Mitida a falar bunito essa mina, diz ai.. hauahauahauhaua.
Bjão
By Verônica Orquídea, at 3:20 PM
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